sol e aço2011 Há duas demarcações simétricas acidentais no gramado da praça da Escola Guignard. Estão elas localizadas em cada uma das extremidades do grande avarandado que encerra o limite da praça. Ambas de desenho retangular, são definidas pela diferenciação entre a grama verde e o solo, seco e exposto. Instalo meu trabalho dentro da demarcação que apresenta como pano de fundo uma grande copa de árvore da rua. Nela são fincados 21 galhos secos retirados do local e entorno próximo. Componho cada um com tijolos cerâmicos, sobre os quais estão distribuídos também estiletes amarelos. Apoiado em cada galho está um par de luvas de látex para procedimentos. Dentro do retângulo, onde ainda resta alguma grama verde, encontram-se 21 folhas de pitas amontoadas; já em processo de decomposição e recolhidas após a poda das piteiras que fazem parte do paisagismo da Escola. É proposto para a instalação uma ação que pode ser executada também pelo público: pegar uma folha de pita, escolher um galho, sentar sobre o tijolo. Ali transformar a matéria da folha em fibra e amarrá-las nos galhos, para que sequem ao vento. Inicio a ação sozinho, às 16h00. Termino às 19h00, logo quando acendem-se os primeiros postes da rua. ……………………………………………………………. sun and steel 2011 There are two demarcated areas, symmetric and accidental, in the lawn of the Guignard School. They are located in opposite extremes of the large terrace which delimits the school property. Both areas are rectangular and defined by the contrast between the green grass ant the dry, exposed soil. I installed my work inside the area which has a huge tree crown as background. I stuck 21 dry branches into the ground. The branches were collected from the landscape around the neighboring streets. Bricks were added near the branches, some of them with a yellow utility knife on top. A pair of latex gloves for surgical procedures was hung over the branches as well. Inside the rectangular area, there was still a small patch with green grass. There I laid 21 leaves of agave (Agave americana). They were collected from the gardens of the school and were already in decomposition process. For the inhabited installation, an action was proposed which could also be executed by the audience. We would pick up an agave leaf, choose one branch and sit on the nearest brick. There, we would transform the leaf into thin fibers, a common procedure among rural craftsmen. The fibers were intended to be tied onto the branch, so that they would be dried by the wind. I started the action alone, at 4 p.m., and finished it at 7 p.m., just at the time when the first street lamps lit up. | Fotos: Bernardo Zama |